quarta-feira, 30 de novembro de 2011

30/11/2011 09h54 - Atualizado em 30/11/2011 11h26 Quase 30% dos nascimentos têm mães com mais de 30, diz IBGE (Postado por Erick Oliveira)

O percentual de nascimentos entre a população feminina com mais de 30 anos já representa quase 30% do total, revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (30).
Segundo as Estatísticas do Registro Civil 2010, o percentual de registros de nascimentos de mães com 30 anos ou mais subiu de 23,3%, em 2000, para 28,2%, em 2010. No mesmo período, o percentual de registro de mães com idade inferior a 25 anos caiu de 52,5% para 45,9%.
De acordo com o IBGE, o declínio das taxas de fecundidade em todos os segmentos etários e o adiamento da maternidade, em especial no caso de mulheres com maior escolaridade, são elementos que explicam as reduções dos nascimentos, principalmente, entre a população feminina de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos de idade.
A faixa etária de mulheres entre 20 e 24 anos ainda é a que concentra o maior percentual de nascimentos. A participação desse grupo, no entanto, caiu de 30,8%, em 2000, para 27,5%, em 2010. No mesmo período, também foi verificada uma redução na proporção de nascimentos entre a população feminina menor de 20 anos, de 21,7% para 18,4%.
Já o percentual de registros de nascimentos de mães com idade entre 30 e 34 anos passou de 14,4%, em 2000, para 17,6%, em 2010. E o de mães entre 35 e 39 anos passou de 6,9% para 8,3% no período.
'Queria esperar mais tempo para ter minha primeira filha'
A pediatra Cristiane Regina dos Santos de Faria, de 32 anos, conta que só decidiu ficar grávida após a defesa de sua tese de mestrado. Ela é casada e tem uma filha, Lara, de um ano e três meses.

“Eu queria até esperar mais tempo para ter a minha primeira filha. Meu plano era viajar depois dos estudos. Com a idade, a gente ganha mais maturidade para criar eles. Muitas amigas minhas tiveram filhos no ano passado e depois dos 30. Todas queriam terminar os estudos primeiro”, afirma a pediatra.
Ainda segundo Cristiane, a gravidez e o parto de cesariana foram muito tranquilos. A pediatra,  que mora em Belo Horizonte já tem planos para ter outro filho. “Estar mais velho ajuda a entender que ela precisa de um irmão. Eu não estou nem querendo esperar”, diz.

Em Minas Gerais, o volume de registros de nascimentos cujas mães pertenciam ao grupo etário de 30 a 34 anos foi em 2010 superior ao do grupo de mães menores de 20 anos. O mesmo também ocorreu no Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, as proporções de nascimentos de mães de 25 a 29 anos já são maiores que as observadas no segmento etário anterior (20 a 24 anos), além do volume de nascimentos do grupo de mães de 30 a 34 anos ser maior que o verificado entre as mães adolescentes.
Distrito Federal, com 13,1% e São Paulo, com 14,7%, foram as unidades da federação que, em 2010, tiveram as menores proporções de nascimentos cujas mães eram menores de 20 anos de idade.
Sub-registro cai de 21,9% para 6,6% na década
A pesquisa destaca a queda no percentual de sub-registros (nascimentos não registrados até o primeiro trimestre do ano seguinte), de 21,9% em 2000 para 8,2% em 2009, chegando a 6,6% em 2010.

Segundo o levantamento, a quase totalidade dos nascimentos (97,8%) ocorreu em hospitais e apenas 1%, em casa, embora persistam diferenças regionais. Na região Norte, 2,8% dos partos foram realizados no domicílio. Na outra ponta aparece a região Sul, com apenas 0,21% dos partos realizados no domicílio. Entre os estados, as maiores proporções de partos no domicílio ocorreram no Acre (9,6%), Amazonas (7%) e Pará (5,3%).

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Senado aprova lei antifumo para todo o país (Postado por Erick Oliveira)

Os senadores aprovaram projeto que proíbe o fumo em locais fechados em todo o país, sejam eles públicos ou privados. A mudança na legislação foi aprovada na terça-feira (22) e ainda será enviada para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A proposta foi incluída pelos parlamentares por meio de emenda à Medida Provisória (MP) 540/2011 apresentada pelo governo federal e que previa, entre outros temas, a utilização de recursos do FGTS em obras da Copa.
Conforme o texto do projeto de lei de conversão da MP, o Poder Executivo precisará regulamentar o artigo que trata sobre o fumo. Não há prazo para que a regulamentaçãos seja feita.
O texto altera os artigos 2 e 3 da Lei 9.294/1996. O artigo segundo previa o fumo em recinto coletivo "salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente".
Atualmente, o fumo em locais fechados já é proibido por leis estaduais, como em Rio, São Paulo e Paraná. Com a nova legislação, passará a ser em todo território nacional.
O texto amplia ainda as restrições à propaganda do cigarro, com aumento da advertência sobre os riscos do fumo. A medida torna obrigatório o aumento de avisos sobre os malefícios do fumo, que deverão aparecer em 30% da área frontal do maço de cigarros, a partir de 1º de janeiro de 2016.
A publicidade em pontos de vendas também fica proibida "com exceção apenas da exposição dos refetidos produtos nos locais de venda".
De acordo com o ministério da Saúde, o texto também prevê aumento na carga tributária dos cigarros, além de fixar preço mínimo de venda do produto no varejo.
Fica estabelecida em 300% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o cigarro. O aumento no preço do produto está previsto para o início de 2012. Com o reajuste do imposto e o estabelecimento de um preço mínimo, o cigarro subirá cerca de 20%, em 2012, chegando a 55% em 2015.
Câmara
Na Câmara, o relator da proposta, deputado Renato Molling (PP-RS), tentou manter os fumódromos por meio de uma emenda à medida.
O texto previa, porém, que o estabelecimento indicasse que o fumo é permitido e que seja vetada a entrada de menores de 18 anos.
O Ministério da Saúde disse que não apoiava a emenda e que o governo tinha agenda contínua para restrição do fumo.
O texto acabou sendo aprovado na Câmara em 26 de outubro já sem a possibilidade dos fumódromos.